segunda-feira, 11 de março de 2013

Novidades


Queridos leitores,

Está saindo hoje do forno e ainda quentinho meu novo site : www.psicologacampinas.com.br/blog/

Meu blog que trará cada vez mais informações sobre a psicologia em geral e sobre os transtornos alimentares e obesidade, também passará a ser atualizado para vocês acompanharem por esse endereço.

Você também pode seguir minhas atualizações através da minha fanpage http://www.facebook.com/pages/Psic%C3%B3loga-Adriana-Pereira/148430775316152?ref=hl

Espero que apreciem e aguardo os comentários para poder melhorar cada vez mais, para vocês, esse canal de comunicação.

Abraço,
Adriana Pereira

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você tem fome de quê?


"A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte...
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor...”

Hoje usarei esses trechos da música Comida composta por Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito em 1987 e grande sucesso da banda Titãs desde então.

Você já parou pra pensar por que come mais do que seu organismo necessita para se manter nutrido e saudável?

Normalmente você se sente culpado após uma grande comilança ou ataque de fúria contra toda a comida da geladeira e do armário, mas não consegue entender o real motivo desses acontecimentos e simplesmente diz que “sou assim”, afinal se, mesmo depois de todas as dietas que fiz voltei à compulsão e ao ganho de peso depois de poucas semanas, não tem como mudar. Serei sempre gordo.

É agora que quero usar os trechos da música.

Muitas vezes nos sentimos tão aprisionados por sentimentos, conhecidos ou não, mas que não sabemos lidar e então o que nos resta é buscar a “saída para qualquer parte” fora de nós mesmos. Na depressão, nas angústias, nas compulsões por compras, jogos, bebida e também comida.

A compulsão alimentar pode ser uma grande forma de “prazer pra aliviar a dor”. Algumas vezes a pessoa até entende que está comendo por tristeza ou solidão, mas o que interessa é que a dor é aliviada, pelo menos, por alguns minutos ou horas, até a próxima refeição.

Quando a obesidade tem origem emocional e o obeso não faz um trabalho de autoconhecimento através da psicoterapia, para aprender a lidar com suas emoções, seu comportamento continuará sendo o de sabotar qualquer dieta em busca de um método eficaz para perder peso, continuando assim, protegido, mas também aprisionado pela obesidade.

Pense. Você tem fome de quê?

Muito provavelmente essa resposta não será fome de comida e a psicoterapia poderá te ajudar a entender que sua fome pode ser de atenção, carinho, reconhecimento, amor, acolhimento, voz, vontade própria, enfim daquilo que você gostaria de ser, mas não consegue mudar sozinho.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Obesidade infantil


Desde o lançamento do documentário "Muito além do peso" queria muito assisti-lo, mas só tive a oportunidade nessa semana, mas com um presente que foi debatê-lo com minha turma de especialização em transtornos alimentares e obesidade.

Minha vontade de assistir ao documentário era grande e agora considero imprescindível que todas as pessoas, pais ou não, que o pretendem ser ou não, avós, tios, primos, vizinhos, enfim que todos assistam, pensem sobre sua alimentação e o que estão ensinando para suas crianças.

A obesidade que já é considerada como epidemia entre os adultos, não tem ficado atrás quando falamos de nossas crianças. Como visto nos filme o número de crianças com sobrepeso atualmente no Brasil é de 33% e de 14% de para crianças obesas.

Mas, como costumo dizer, o maior problema da obesidade não é a obesidade em si, mas as doenças à ela associadas. Doenças, antes típicas dos adultos, estão sendo cada vez mais frequentemente desenvolvidas por crianças. Com 5, 7, 9 anos as crianças já apresentam hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, dores nas articulações, dificuldades de respiração entre outras.

Além das doenças físicas é inevitável o surgimento das doenças emocionais, como isolamento social, depressão, baixa autoestima, falta de confiança em si mesmo e o sentimento de não pertencimento ao grupo, uma vez que este não procura a criança obesa para brincar devido suas dificuldades e limitações de movimentação.

Cada vez mais, presa enfrente à televisão, vídeo game e computador, a criança começa a se sentir sozinha, muito bem demonstrado na fala de uma mãe no documentário, relatando que seu filho lhe perguntou se ‘poderia comprar um amigo’, sinal do sentimento de exclusão diante do grupo.

Apesar de a criança estar exposta ao que os pais lhe ensinam comer e á necessidade de corresponder às exigências do consumismo em que vivemos, é evidente que ela, assim como os adultos, come por não saber como lidar com alguns sentimentos. A necessidade chega a ser tanta a ponto de não suportar a falta do alimento, como ocorre com outra criança do documentário que troca seu material escolar por comida com os colegas.

O documentário nos proporciona vários temas para reflexão, por exemplo, como estamos cuidando de nossas crianças, como elas estão se sentindo diante das exigências da vida moderna, a inatividade física proporcionada pelas horas a fio enfrente à um aparelho eletrônico, por serem vistos como consumidores e como obesos, mas não como criança.

Como reverter esse quadro, é algo para refletirmos e discutirmos em vários outros posts, afinal o assunto é inesgotável, mas recomendo que iniciem assistindo ao documentário.

Bom filme e boa reflexão.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Fórmula mágica?


Que a obesidade pode ocasionar problemas físicos de saúde, como hipertensão, diabetes, dores nas articulações, apneia do sono, entre outras, nós já sabemos, mas uma dor com que a pessoa obesa sofre e, muitas vezes, tenta mascarar é a psicológica.

Os estigmas, preconceitos e baixa autoestima, frequentemente são vivenciados com intenso sofrimento pelo obeso e então, a ideia de que ter um corpo magro acabaria com todos os seus problemas, também é bastante frequente.

É certo que a melhoria na qualidade de vida conquistada com a perda de peso pode ser bastante significativa. Alguns apelidos estigmatizantes e situações desagradáveis como não conseguir sentar na cadeira do cinema, poderão ser evitados, mas está longe de ser a solução para todos os problemas.

Um exemplo de preconceitos sofridos pelo obeso e a falsa ideia de que um corpo magro eliminaria todos os seus problemas e o tornaria feliz, está no filme “O professor aloprado” que conta a história de um professor universitário Sherman Klump, vivido pelo ator Eddie Murphy que possui grandes conhecimentos de genética, mas que sempre é ridicularizado por ser extremamente gordo. Porém, quando recebe uma atenção especial de uma bela e jovem professora de matemática Carla Purty, interpretada pela atriz Jada Pinkett, ele decide ingerir um experimento ainda em fase de testes, que altera a cadeia de DNA e faz com que se transforme em um jovem esguio, Buddy Love. A partir de então, Sherman passa a levar uma vida dupla, pois o experimento tem um efeito que dura pouco tempo, voltando, então, ao seu corpo obeso.

As diferenças entre as duas personalidades do professor Sherman são gritantes. Quando está em seu corpo obeso ele anda de cabeça baixa, passa suas horas livres sozinho dentro de casa, assistindo a programas de ginástica na televisão e comendo uma quantidade exagerada de doces. Sente-se atraído pela bela professora de matemática, mas não consegue se declarar para ela.

Já no corpo magro, com o codinome Buddy Love, que é bastante sugestivo, ele se sente livre para amar, ser sociável, alegre e se envolver com várias mulheres. Mas, com esse corpo magro ele se dá o direito de desrespeitar as pessoas e então apesar de conseguir ter encontros com Carla faz com que ela se decepcione cada vez mais, com o jovem bonito, magro, engraçado, galanteador, mas que a desrespeita e mantém atitudes estranhas.

Somente quando o segredo do experimento é revelado, Carla entende os fatos estranhos que vinham acontecendo, Sherman declara seu amor por ela e ela também revela estar apaixonada por Sherman e não por Buddy Love.

Um corpo magro trás a possibilidade de melhor qualidade de vida e de se evitar algumas doenças causadas pela obesidade, mas não é sinônimo de felicidade nem de todos os problemas resolvidos. A felicidade, alegria e aceitação das outras pessoas só virá com o autoconhecimento, readaptação ao mundo externo, aceitação da nova condição física e reestruturação do aparelho psíquico.

Vestir a máscara da aceitação de um corpo acima do peso, não evita o desejo de um corpo magro e sadio, mas falsas expectativas em relação ao novo corpo também não são saudáveis.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Autoestima. Como vai a sua?


Bolinha, fofo, rolha de poço, baleia, Nhonho, bolo fofo, hipopótamo, pançudo, saco de banha, bujão...  Quem não conhece um apelido nada carinhoso para tratar aquele amigo gordinho?

Pois é, são muitos.

Mas a obesidade não vem acompanhada apenas de apelidos. Assim como muitas doenças, ela também é acompanha de estigma e com o agravante por ter sua origem atribuída frequentemente ao próprio obeso, assim ele é visto como preguiçoso e sem força de vontade suficiente para transformá-la.

O obeso enfrenta, então, além das comorbidades ocasionadas pelo excesso de peso, a redução da autoestima. É comum que a pessoa acima do peso não se sinta bem com seu corpo, com as roupas que veste, com a dificuldade para realizar tarefas limitadas pelo seu corpo, com a dificuldade para resistir à comida, não poder escolher a pessoa com quem irá se relacionar afetivamente pelo medo da rejeição e até mesmo a negação da infelicidade com o excesso de peso ou obesidade.

Todas essas autocobranças já seriam suficientes para rebaixar sua autoestima, mas ainda é preciso enfrentar as cobranças externas, como a dificuldade para conseguir um emprego, a dificuldade para passar na catraca do ônibus e a falta de poltronas adaptadas nos aviões, cinemas, teatros e outros lugares públicos, dificultando a vida social.

Apelidos, estigmas, insatisfação pessoal, autocobranças, cobranças externas, tristeza, raiva, solidão, mais comida para compensar tantos sentimentos ruins e consequentemente mais aumento do peso.  

Gostar de si mesmo, autoconfiança e sentir-se merecedor de coisas boas ficam cada vez mais distante da realidade da pessoa que está acima do peso ideal. Por isso é frequente encontrarmos nessas pessoas não só as doenças físicas, mas também as emocionais, como a depressão, ansiedade e dificuldades de relacionamentos sociais.

Ou seja, a pessoa com sobrepeso ou obesidade não precisa apenas perder peso, mas aceitar sua condição física e emocional. Digo aceitar, pois é normal uma posição de negação diante da situação tentando diminuir suas angústias e ao mesmo tempo negligenciando sua necessidade de ajuda.


Encarando tudo isso de frente a pessoa poderá iniciar a nova dieta com maior probabilidade de sucesso, cuidando-se completamente. Realizando não só um tratamento clínico medicamentoso ou uma cirurgia bariátrica, mas cuidando do emocional que tanto abala sua autoestima. Com isso a fuga pela comida será menor, facilitando a adesão à atividades físicas e à reeducação alimentar, bem como enfrentar  a nova fase de emagrecimento e a aceitação de um “novo” corpo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Você tem uma Bridget Jones dentro de você?


“Em momentos como esse, continuar a viver parece impossível e comer tudo o que há na geladeira parece inevitável.
Tenho duas opções: Desistir e aceitar o estado permanente de solteira e eventualmente ser comida por cães, ou não.
E dessa vez escolhi o não. Não serei derrotada por um homem mau e uma americana varapau.
Em vez disso escolho a vodca. E Chaka Khan.”

Essa é uma das falas de Bridget Jones (Renée Zellweger) no filme O diário de Bridget Jones.

A personagem principal do filme que leva seu nome é uma mulher de 32 anos que, em pleno Ano Novo, decide que já está mais do que na hora do que tomar o controle de sua própria vida e também começar a escrever um diário. Com isso, Bridget começa a escrever suas qualidades e defeitos, além das situações do dia-a-dia das mulheres nessa faixa etária.

Problemas com o trabalho, a busca pelo homem ideal, a luta contra o peso e as calorias, cigarros e o álcool, são relatados com muito humor a cada dia.

Bridget Jones é um grande exemplo da dificuldade que as pessoas encontram para lidar com as emoções e sentimentos e a consequente compensação com comida e, no seu caso também com o álcool.

Acima do peso ela vive entre a torturante vontade de perder peso e as compulsões alimentares. E duas situações podem ser facilmente identificadas em Bridget para a manutenção desse comportamento: os conflitos quanto sua realização profissional e a busca pelo homem da sua vida. Sem saber como lidar com esses problemas, sempre que se depara com as frustrações de não alcançar seus objetivos ela percebe que: “continuar a viver parece impossível e comer tudo o que há na geladeira parece inevitável”.

No Ano Novo quando Bridget diz que está mais do que na hora de tomar o controle de sua própria vida, ela deveria estar se referindo ao fato do autoconhecimento para entender porque é tão difícil conviver com suas frustrações e então é preciso se esconder e autodepreciar comendo tudo o que tem na geladeira ou tomando uma garrafa de vodca com certa frequência.

Não quero dizer que ninguém mereça uma vez ou outra comer além da conta ou abusar daquele sorvete maravilhoso em uma tarde ensolarada e quente de verão, ou até mesmo tomar um pilequesinho com os amigos ou com a família para comemorar algo. O que temos que prestar atenção é quando esses comportamentos se repetem com frequência, totalmente sem controle e principalmente como fuga dos sentimentos indesejáveis.

A obrigação e a dificuldade de perdoar.


Aprendemos muito cedo em nossas vidas que devemos ser pessoas boas, amar, respeitar, dividir e principalmente perdoar.
Raiva, ódio e rancor não são sentimentos aceitáveis. Para a religião é pecado e para a sociedade é falta de controle e amor no coração.
Mas se são sentimentos como não sentir? Impossível.
Quando um colega de trabalho te prejudica evitando que seu projeto seja bem visto e aceito você sente amor ou raiva por ele? Provavelmente raiva. Mas quando chegar em casa e compartilhar sua indignação com alguém da família, ouvirá: Deixa pra lá, não é bom sentir raiva, não faz bem. Você tem que perdoar. Logo você diz que perdoa, mas na verdade continua com o sentimento de injustiça e raiva e agora também com o de culpa. Afinal, como você pode ter sentimentos tão criticados e inaceitáveis?
É comum ouvirmos casos de pessoas que desenvolvem doenças e dores sem causas físicas, ou seja, as doenças psicossomáticas que tem origem emocional. Por exemplo, uma dor muito forte no estômago, mas sem nenhuma lesão física para explicar a dor.
Geralmente nesses casos os médicos instruem o paciente a procurar um psicólogo, quando se descobre que a pessoa desenvolveu uma doença psicossomática devido a alguma questão emocional com a qual não soube lidar. Entre os vários motivos para o desenvolvimento dessa doença um deles pode ser alguma situação que envolva a raiva, ódio, culpa e/ou perdão.
Isso significa que esses sentimentos realmente não fazem bem e não devem ser sentidos, certo? Errado.
Isso significa que esses sentimentos não devem ser cultivados. As pessoas devem se permitir sentir o que é tão condenado por todos, mas sabendo discriminar o que odeio e o que aceito. Por exemplo, gosto muito daquele colega de trabalho que é companheiro e colabora para termos um bom ambiente de trabalho, mas tenho raiva por ele ter me prejudicado em meu desenvolvimento profissional. Vivenciando a raiva e o ódio é que se pode perceber que não é preciso carregar isso para o resto da vida nem acreditar que não se dará bem em nenhum trabalho, afinal sempre terá alguém para prejudicá-lo. A culpa não precisará existir, pois esses sentimentos não são crimes, são apenas uma defesa e sinal de uma boa autoestima.
Mas ao contrário do que muitos pensam, saber lidar com a situação ocorrida e distinguir o que gosto e o que não gosto em determinada pessoa, o que aceito, respeito e o que não me faz bem não significa que houve o perdão.
Perdoar é fazer com que o ato cometido contra você não lhe faça mais nenhum mal. Que sua vida não seja vivida em função de uma certeza de que isso sempre voltará a acontecer ou eternamente em busca de justiça. No perdão não cabe culpa por sentir raiva.
Assim, perdoar não é um ato fácil e muitas vezes o que fazemos é aprender a lidar com a situação vivenciada, aceitar todos os sentimentos dessa experiência, entender que viveremos com ela para sempre, mas sem o foco no que nos machucou e que nem sempre o perdão acontecerá.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Como faço para emagrecer?


Quem nunca viu aquela clássica cena de filme com a mocinha que, depois de levar um fora do homem amado passa dois dias na frente da televisão, chorando enquanto assiste filmes românticos, comendo sorvete e todas as delícias engordativas que se possa imaginar?

Pois é, quem nunca comeu como resposta a algum sentimento? Tristeza, raiva, preocupação, alegria, felicidade, entusiasmo, angustia, medo, ansiedade, euforia... meu Deus por que tantos sentimentos?

Agora imagine uma pessoa comer após todos os sentimentos do dia-a-dia. De manhã depois de levantar da cama, ainda cansada, para mais um dia de trabalho percebe que está atrasada, sai correndo e depois de muito trânsito chega ao trabalho, descabelada, esbaforida e irritada, afinal o dia não poderia começar pior. A birra do filho, a felicidade da promoção, a pressão de ter que prover a família, o questionamento de ser boa mãe, filha, esposa, profissional e amiga.

É muito comum quando não sabemos como lidar com essa tonelada de sentimentos, comermos para compensar tanta pressão. O problema é que não percebemos, ou pelo menos não damos a devida importância para esse ato compensatório, que só nos chama a atenção quando algo não está muito bem e percebemos os muitos quilos acumulados ao longo de todo esse tempo de compulsão alimentar e nesse momento saímos correndo atrás de algo que nos emagreça.

Algo que nos emagreça? Isso mesmo, pois se não percebi minha compensação através da compulsão alimentar ao longo do tempo, não tenho como me responsabilizar pelos quilos que insistem em habitar esse corpo que deseja ser magro.

A ajuda médica pode ser muito importante para o emagrecimento, mas o autoconhecimento também pode ser imprescindível. É importante se conhecer e saber que a comida tem para a maioria das pessoas uma função diferente da de nutrir um organismo. Ela pode ter a função de aproximar as pessoas, de esquecer um sofrimento, de se autopunir com um corpo pesado e doente pelas comorbidades da obesidade e por vários outros motivos que cada pessoa carrega consigo.

A medicação pode ajudar a conquistar um corpo magro, mas a manutenção não é possível uma vez que essa não acaba com os sentimentos causadores do comer em excesso.

Como faço para emagrecer? é uma pergunta cada vez mais frequente em uma sociedade que cultua o corpo belo e magro e a resposta pode estar dentro de você.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Psicossomática


Tem sido cada vez mais frequente no consultório, a queixa de pessoas com dores físicas, mas sem uma causa física, ou seja, uma doença psicossomática.

Explicarei melhor.

Geralmente as pessoas chegam no consultório relatando uma longa trajetória percorrida em médicos e  mais uma diversidade de exames realizados, mas sem descobrir uma causa física para a dor que está sentindo. E então o diagnóstico do médico é de que o paciente tem um problema emocional.

Além da dificuldade de diagnóstico enfrentada nesses casos, também é comum o insucesso no tratamento da doença, afinal por ter origem emocional a cura não poderá acontecer apenas com o uso da medicação.

O fato da causa da doença e da dor serem emocionais, não significa que elas não existam. Pelo contrário o corpo está sofrendo com fadiga, falta de concentração e memória, dores no peito, enxaqueca, úlcera, gastrite, urticária, dermatite, hipertensão, taquicardia, falta de ar, sensação de sufocamento, dor de garganta, tendinite e muitas outras doenças.

A doença psicossomática pode se manifestar apenas com sintomas, sem uma lesão física. Por exemplo, sintomas de enfarto com dores no peito e no braço, mas sem nenhum problema cardíaco, ou ainda, com uma lesão real como a tendinite.

Isso acontece porque corpo e mente são partes integradas do ser humano.  Assim, os sentimentos e as emoções vivenciados pela pessoa e com os quais não soube lidar, poderão se manifestar através do corpo. Se a pessoa é muito retraída e não consegue falar o que sente e precisa, poderá desenvolver uma dor de garganta crônica ou uma forte dor nas costas por carregar um peso que não consegue se livrar.

Para que o tratamento da doença psicossomática seja eficaz é necessário um acompanhamento psicoterápico, para que a pessoa busque o autoconhecimento, se desenvolva aprendendo sobre si mesmo e através de seus sintomas e conseguindo entender o significado das experiências e comportamentos vivenciados. Assim, poderá realizar mudanças pessoais, diminuir suas angústias, sofrimentos psíquicos e reestabecer a qualidade de vida.

Paralelamente, a pessoa deve continuar o tratamento medicamentoso para controlar os sintomas e evitar seu agravamento.

Então, se você tem apresentado sintomas físicos, mas não tem encontrado respostas para sua origem, converse com seu médico sobre a possibilidade de ser uma doença psicossomática e procure ajuda psicoterápica.