Desde o lançamento do
documentário "Muito além do peso" queria muito assisti-lo, mas só tive a
oportunidade nessa semana, mas com um presente que foi debatê-lo com minha
turma de especialização em transtornos alimentares e obesidade.
Minha vontade de assistir ao documentário
era grande e agora considero imprescindível que todas as pessoas, pais ou não,
que o pretendem ser ou não, avós, tios, primos, vizinhos, enfim que todos assistam,
pensem sobre sua alimentação e o que estão ensinando para suas crianças.

Mas, como costumo dizer, o maior
problema da obesidade não é a obesidade em si, mas as doenças à ela associadas.
Doenças, antes típicas dos adultos, estão sendo cada vez mais frequentemente desenvolvidas
por crianças. Com 5, 7, 9 anos as crianças já apresentam hipertensão arterial,
diabetes, colesterol alto, dores nas articulações, dificuldades de respiração
entre outras.
Além das doenças físicas é
inevitável o surgimento das doenças emocionais, como isolamento social, depressão,
baixa autoestima, falta de confiança em si mesmo e o sentimento de não
pertencimento ao grupo, uma vez que este não procura a criança obesa para
brincar devido suas dificuldades e limitações de movimentação.
Cada vez mais, presa enfrente à
televisão, vídeo game e computador, a criança começa a se sentir sozinha, muito
bem demonstrado na fala de uma mãe no documentário, relatando que seu filho lhe
perguntou se ‘poderia comprar um amigo’, sinal do sentimento de exclusão diante
do grupo.
Apesar de a criança estar exposta
ao que os pais lhe ensinam comer e á necessidade de corresponder às exigências do
consumismo em que vivemos, é evidente que ela, assim como os adultos, come por
não saber como lidar com alguns sentimentos. A necessidade chega a ser tanta a
ponto de não suportar a falta do alimento, como ocorre com outra criança do
documentário que troca seu material escolar por comida com os colegas.
O documentário nos proporciona
vários temas para reflexão, por exemplo, como estamos cuidando de nossas
crianças, como elas estão se sentindo diante das exigências da vida moderna, a
inatividade física proporcionada pelas horas a fio enfrente à um aparelho eletrônico,
por serem vistos como consumidores e como obesos, mas não como criança.
Como reverter esse quadro, é algo
para refletirmos e discutirmos em vários outros posts, afinal o assunto é
inesgotável, mas recomendo que iniciem assistindo ao documentário.
Bom filme e boa reflexão.
Minha flôr como calculo o IMC da minha filha de 9 anos e do meu filho de 4 anos e da outra filha de 14 anos, pois sou obesa grau lll, e não quero isso para meus filhos!!!
ResponderExcluirOlá!
ExcluirO IMC infantil tem uma forma diferente de cálculo do tradicional: peso / altura2 utilizado para os adultos.
Esse cálculo geralmente é feito pelo pediatra, mas essa página deve te ajudar http://www.telessaudebrasil.org.br/apps/calculadoras/?page=7
O mais importante é você manter uma alimentação saudável para você e também para eles, a prática de atividade física e observar como acontece a alimentação de vocês.
Assim como os adultos, as crianças também têm sentimentos e podem usar a alimentação como fuga para sentimentos que não conhecem e/ou não sabem lidar, o que leva à ingestão de alimentos sem fome e muitas vezes de forma compulsiva.
Se isso estiver acontecendo, procure ajuda de um psicólogo preparado para trabalhar com esse assunto.
Espero ter ajudado.
Um Abraço,
Adriana