sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Psicossomática


Tem sido cada vez mais frequente no consultório, a queixa de pessoas com dores físicas, mas sem uma causa física, ou seja, uma doença psicossomática.

Explicarei melhor.

Geralmente as pessoas chegam no consultório relatando uma longa trajetória percorrida em médicos e  mais uma diversidade de exames realizados, mas sem descobrir uma causa física para a dor que está sentindo. E então o diagnóstico do médico é de que o paciente tem um problema emocional.

Além da dificuldade de diagnóstico enfrentada nesses casos, também é comum o insucesso no tratamento da doença, afinal por ter origem emocional a cura não poderá acontecer apenas com o uso da medicação.

O fato da causa da doença e da dor serem emocionais, não significa que elas não existam. Pelo contrário o corpo está sofrendo com fadiga, falta de concentração e memória, dores no peito, enxaqueca, úlcera, gastrite, urticária, dermatite, hipertensão, taquicardia, falta de ar, sensação de sufocamento, dor de garganta, tendinite e muitas outras doenças.

A doença psicossomática pode se manifestar apenas com sintomas, sem uma lesão física. Por exemplo, sintomas de enfarto com dores no peito e no braço, mas sem nenhum problema cardíaco, ou ainda, com uma lesão real como a tendinite.

Isso acontece porque corpo e mente são partes integradas do ser humano.  Assim, os sentimentos e as emoções vivenciados pela pessoa e com os quais não soube lidar, poderão se manifestar através do corpo. Se a pessoa é muito retraída e não consegue falar o que sente e precisa, poderá desenvolver uma dor de garganta crônica ou uma forte dor nas costas por carregar um peso que não consegue se livrar.

Para que o tratamento da doença psicossomática seja eficaz é necessário um acompanhamento psicoterápico, para que a pessoa busque o autoconhecimento, se desenvolva aprendendo sobre si mesmo e através de seus sintomas e conseguindo entender o significado das experiências e comportamentos vivenciados. Assim, poderá realizar mudanças pessoais, diminuir suas angústias, sofrimentos psíquicos e reestabecer a qualidade de vida.

Paralelamente, a pessoa deve continuar o tratamento medicamentoso para controlar os sintomas e evitar seu agravamento.

Então, se você tem apresentado sintomas físicos, mas não tem encontrado respostas para sua origem, converse com seu médico sobre a possibilidade de ser uma doença psicossomática e procure ajuda psicoterápica.


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