
Tenho duas opções: Desistir e aceitar o estado permanente de solteira e
eventualmente ser comida por cães, ou não.
E dessa vez escolhi o não. Não serei derrotada por um homem mau e uma
americana varapau.
Em vez disso escolho a vodca. E Chaka Khan.”
Essa é uma das falas de Bridget Jones (Renée Zellweger) no
filme O diário de Bridget Jones.
A personagem principal do filme que leva seu nome é uma
mulher de 32 anos que, em pleno Ano Novo, decide que já está mais do que na
hora do que tomar o controle de sua própria vida e também começar a escrever um
diário. Com isso, Bridget começa a escrever suas qualidades e defeitos, além
das situações do dia-a-dia das mulheres nessa faixa etária.
Problemas com o trabalho, a busca pelo homem ideal, a luta contra o peso e as
calorias, cigarros e o álcool, são relatados com muito humor a cada dia.
Bridget Jones é um grande exemplo da dificuldade que as
pessoas encontram para lidar com as emoções e sentimentos e a consequente compensação
com comida e, no seu caso também com o álcool.
Acima do peso ela vive entre a torturante vontade de perder
peso e as compulsões alimentares. E duas situações podem ser facilmente
identificadas em Bridget para a manutenção desse comportamento: os conflitos
quanto sua realização profissional e a busca pelo homem da sua vida. Sem saber
como lidar com esses problemas, sempre que se depara com as frustrações de não
alcançar seus objetivos ela percebe que: “continuar a viver parece impossível e
comer tudo o que há na geladeira parece inevitável”.
No Ano Novo quando Bridget diz que está mais do que na hora
de tomar o controle de sua própria vida, ela deveria estar se referindo ao fato
do autoconhecimento para entender porque é tão difícil conviver com suas
frustrações e então é preciso se esconder e autodepreciar comendo tudo o que
tem na geladeira ou tomando uma garrafa de vodca com certa frequência.
Não quero dizer que ninguém mereça uma vez ou outra comer
além da conta ou abusar daquele sorvete maravilhoso em uma tarde ensolarada e
quente de verão, ou até mesmo tomar um pilequesinho com os amigos ou com a
família para comemorar algo. O que temos que prestar atenção é quando esses
comportamentos se repetem com frequência, totalmente sem controle e
principalmente como fuga dos sentimentos indesejáveis.
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